5 de dezembro de 2011

Que a música me mantenha viva!!!!
Voltei! Só não sei por quanto tempo. Talvez o tempo que dure uma leitura ou uma lembrança. É estranho, mas há momentos em que não me encontro em mim. Onde está aquela eterna ânsia de viver? A coragem que um dia pensei garantir o resto dos meus dias? Onde estão todos? Reconheço que estou numa nova fase da vida, mas será preciso mesmo perder tantas coisas para viver algo diferente? Parece-me que assim é a vida, perdemos e ganhamos. O mais estranho é saber que a escolha é sua. É você quem decide o que será feito pelo resto dos seus dias.

2 de agosto de 2011

Culpada!

Hoje me declaro culpada!
Culpada por tudo o que eu não fiz;
Por tudo o que não sou;
Por tudo o que eu não penso;
Por tudo o que eu não sinto;
O tempo e a felicidade podem iludir facilmente, mas nada é pior do que a indiferença dos dias de pouca sensibilidade.
Bom mesmo, é quando a força de um pequeno e único sentimento explode e sacode qualquer marasmo que possa afetar o lugar onde estão guardados todos os outros.

6 de junho de 2011

Vila Alpina tem albergue para acolher pessoas em situação de rua





Se não fosse pela placa com as inscrições Centro de Acolhimento, o Albergue Porto Cidadão passaria despercebido pelo olhares menos atentos. Quem cruza a esquina da Rua Iguará com a Costa Barros, zona Leste de São Paulo, se depara com um grande portão de ferro cinza. Lá dentro, as paredes brancas e o som tranqüilo de uma música de fundo ajudam a deixar o ambiente mais acolhedor.
As portas do Albergue Porto Cidadão ficam 24 horas abertas. Quem procura os serviços da casa, ganha produtos para a higiene íntima como sabonete, talco e aparelho de barbear, assim como um lugar para se banhar, lavar sua roupa e se alimentar. Por ano, o centro de acolhida da Vila Alpina atende 57 mil pessoas em situação de rua. “Diariamente, nós servimos 50 pratos na hora do almoço, além do café da tarde”, diz a diretora Shirley Maria. Além dos atendimentos durante o dia, os 21 funcionários do albergue trabalham para tentar suprir um pouco das necessidades dessa população durante a noite. “Ao cair da noite, eles começam a chegar, tomam banho, jantam e vão dormir. Na manhã seguinte todos acordam bem cedo, tomam o café-da-manhã e vão embora”, completa.
Porém, nem todos deixam a casa após os primeiros raios de sol. Aqueles que já não conseguem sobreviver sozinhos nas ruas, seja por motivo de doença, seja pela idade avançada passam o dia todo no albergue. “Hoje, cerca de 10 pessoas que moram aqui”, conta Shirley.
Além das necessidades básicas, como alimentação e um lugar decente para dormir, o Albergue Porto Cidadão também oferece outros tipos de serviços à população de rua. São oficinas de artesanato, palestras e discussões com as assistentes sociais, sobre variados temas e reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA).
Sentado em uma das mesas do refeitório, enquanto termina sua refeição, Sergio Daniel Navarro, 27 anos, fala sobre sua experiência na instituição. “Eu participo das aulas de artesanato e aprendi a fazer um tapete de tela e tecido. Gosto muito daqui, ocupo minha mente e converso com outras pessoas”, conta. Ele já freqüenta a casa há quase dois anos e diz que é fã dos pratos do lugar. “A comida é excelente”, diz.
No Albergue Canto Cidadão, toda última sexta-feira do mês tem festa. Em volta de uma mesa com bolo e brigadeiros, todos os usuários se reúnem e celebram mais um ano de vida dos aniversariantes da vez. Celso Aparecido da Silva está na instituição há duas semanas e já comemorou seus 25 anos com todos. Depois dos parabéns e de experimentar as guloseimas da festa, eles voltam para suas atividades. Enquanto uns vão para os quartos, outros assistem ao jornal na pequena televisão instalada em um dos corredores do lugar.
Com a ajuda de um amigo, Ademir Batista dos Santos, 59 anos, tenta concertar a fivela do cinto que usa todos os dias. Ele conta que depois do acidente que tirou os movimentos da sua mão direita, realizar atividades simples ficou mais difícil. “Eu trabalhava com fundição, carregava peças pesadas de ferro e agora, acabou tudo”, lamenta. Hoje, ele ganha a vida entregando panfletos na Rua Xavier de Toledo, região central de São Paulo.
Há cerca de cinco anos, Batista saiu de casa, deixando para trás sua esposa, quatro filhos e oito netos. “Eu tinha tudo e por causa da bebida, joguei tudo para o alto”, conta. Há seis meses no albergue, ele freqüenta as reuniões do AA e tenta passar os dias da melhor maneira possível. “Eu sou muito brincalhão, gosto de mexer com todo mundo, já acordo alegre. Não adianta ficar de cara amarrada, reclamando da vida, isso não vai me ajudar em nada”, diz.
O Albergue Porto Cidadão é fruto da Pastoral de Rua da Igreja Nossa Senhora do Carmo, na Vila Alpina. O trabalho começou com saídas durante a noite para levar pratos de sopa para as pessoas que estavam nas ruas. Hoje, a instituição recebe uma verba da Prefeitura para ajudar nas despesas e continuar com a missão daquele antigo grupo.

19 de maio de 2011

Preciso confessar...

Que já não sou mais a mesma. Revirando velhos textos, encontrei palavras que não parecem ter sido escritas por mim. Descobri uma pessoa que já não cabe na rotina dos meus dias. Alguém que não se importa em passar uma noite de sexta-feira em casa, desde que acompanhada de um bom livro e o eterno violão. Alguém que guarda a alma de uma eterna sonhadora, como escreveu uma querida amiga.
Não me levem a mal, não estou sendo ingrata com o tempo que passou, com o que aprendi e vivi. Claro que aconteceram muitas coisas dignas da minha eterna gratidão. Apenas percebi que os sonhos também enferrujam com a falta de exercício e a culpa é toda minha. Eu não reclamo mais, não saio pelas ruas em busca de sensibilidade e esperança. O que mais temia aconteceu. Acomodei-me! Apeguei-me a pessoas e momentos que deveriam contribuir para algo maior que isso.
Prova disso é esse texto. Há muito, não parava para perceber o que se passava aqui dentro e descobrir o que realmente me fará feliz daqui a alguns anos. Quando talvez, algumas pessoas importantes para mim, estiverem longe e eu precisarei andar por mim mesma.
Um dia me disseram que os sonhos são exclusividade de jovens estudantes, que pensam em mudar o mundo apenas com a força do desejo e da revolta. Que com o tempo, eles percebem que tudo não passa de uma simples ilusão. Será mesmo que nosso destino é se render ao ceticismo? Não podemos alimentar os mesmos sonhos e carregar a mesma inocência desses que anseiam por um mundo melhor?
Enquanto revivia alguns momentos que estão estampados nos antigos textos do meu blog, percebi o quanto sinto falta desses sonhos, de me entregar a essa ilusão e me perder nela até o final dos meus dias. Sei que nenhum dia é igual ao outro, que o mundo não espera que eu esteja pronta e preparada, mas a essência deve continuar e incomodar até chegar o ponto de chorar com o que escrevi.

2 de fevereiro de 2011

Mesmo Assim














As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas;
Ame-as mesmo assim!

Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos;
Tenha sucesso mesmo assim!

O bem que você faz será esquecido amanhã;
Faça o bem mesmo assim!

A honestidade e a fraqueza o tornam vulnerável;
Seja honesto mesmo assim!

Aquilo que você levou anos para construir, pode ser que seja destruído de um dia para outro;
Construa assim mesmo!

Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo mesmo se você ajudá-los;
Ajude-os mesmo assim!

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, correrá o risco de se machucar;
Dê o que você tem de melhor mesmo assim...

Madre Teresa de Calcutá