13 de fevereiro de 2009

Fazer sentido...

...sentimento, sentir o que mais posso dizer? Esse vazio não é normal, não pode ser. Você acredita no fracasso de nossas relações?O que realmente te faz viver?
Ora, a vida não é feita de verdades absolutas, fingimos fazer parte de um grupo, de uma classe, de uma sociedade. Tudo isso se torna infinitamente ridículo quando pensamos na solidão de cada um, não na ausência de pessoas, mas na falta de sentimentos.
Você sabe me explicar o que é o amor ou a amizade? Sabe descrever a experiência de chorar em um colo, de ser útil a alguém? Já experimentou, só uma vez, abrir os braços de frente para o mar e sentir o vento tocar seu rosto enquanto sussurra o que realmente faz sentido?
Apresento-lhe a vida, apresento este constante pensar na utopia, ter a alma repleta de poesia, o pensamento longe e razão e emoção em completa harmonia. Apresento o pulsar do coração, a incontrolável vontade de ser e a inefável sensação de vida correndo nas veias. É irônico pensar, que não consigo expressar em palavras a grandeza da simplicidade que me faz feliz, o melhor a fazer é nem tentar, vou vivendo e quem sabe um dia, quando o coração sossegar.

Paradoxo

Quase não reconheço essa força que erradia a luz da esperança, ela é quase uma utopia, quase um sonho. Mas, nesse caso, quase é o mesmo que possível. Enxergo nos olhos de algumas pessoas a ternura de uma eterna criança e a serenidade de um Jesus e busco nesses olhos uma razão para não desistir, para reafirmar que esse quase é tudo, tudo o que sou capaz de fazer.
As palavras se fazem quase inexistentes diante de tanta inocência e ternura, que mesmo em face do abandono estão presentes, mesmo sob olhos tão tristes... Os sonhos foram feitos para se realizarem, o abraço para doar-se inteiramente na troca de calor e energia humanos, não quero acreditar que a humanidade tenha se esquecido disso. Não posso mais viver assim, como o vento que sopra sem rumo. Preciso encontrar meu refúgio, minha batalha, meu ideal. A humanidade se mostra tão grande, tão impensável e inatingível. Procuro agora as palavras soltas em minha mente, reorganizar meus pensamentos e conhecer meus sentimentos. Um mix de saudade, desespero, felicidade, solidão, esperança e dor.
Ah Deus, como desejo desamarrar minhas mãos, abrir meus olhos e buscar algo muito maior que isso. Será possível ler essas palavras? Consegue enxergar nas entrelinhas a divisão da minha alma? De um lado essa vontade de mudar tudo, acolher em meu coração a todos que sofrem sozinhos, do outro essa enorme saudade, que rasga o peito e faz pensar apenas em mim.

12 de fevereiro de 2009