13 de fevereiro de 2009

Paradoxo

Quase não reconheço essa força que erradia a luz da esperança, ela é quase uma utopia, quase um sonho. Mas, nesse caso, quase é o mesmo que possível. Enxergo nos olhos de algumas pessoas a ternura de uma eterna criança e a serenidade de um Jesus e busco nesses olhos uma razão para não desistir, para reafirmar que esse quase é tudo, tudo o que sou capaz de fazer.
As palavras se fazem quase inexistentes diante de tanta inocência e ternura, que mesmo em face do abandono estão presentes, mesmo sob olhos tão tristes... Os sonhos foram feitos para se realizarem, o abraço para doar-se inteiramente na troca de calor e energia humanos, não quero acreditar que a humanidade tenha se esquecido disso. Não posso mais viver assim, como o vento que sopra sem rumo. Preciso encontrar meu refúgio, minha batalha, meu ideal. A humanidade se mostra tão grande, tão impensável e inatingível. Procuro agora as palavras soltas em minha mente, reorganizar meus pensamentos e conhecer meus sentimentos. Um mix de saudade, desespero, felicidade, solidão, esperança e dor.
Ah Deus, como desejo desamarrar minhas mãos, abrir meus olhos e buscar algo muito maior que isso. Será possível ler essas palavras? Consegue enxergar nas entrelinhas a divisão da minha alma? De um lado essa vontade de mudar tudo, acolher em meu coração a todos que sofrem sozinhos, do outro essa enorme saudade, que rasga o peito e faz pensar apenas em mim.

Nenhum comentário: