1 de maio de 2009

Histórias versus Fronteiras


Sansakroma é um grupo contador de histórias, que ultrapassa todas as fronteiras e atravessa continentes, usando apenas a imaginação de seus ouvintes

Imagine um mundo onde toda história tivesse um final feliz e algo a nos ensinar, em que o doce som da flauta, em harmonia com os fortes acordes do violão, fizesse parte da trilha sonora de nossos aprendizados. Um lugar do sapo cantor, do cigano encantado e do africano que ama demais seu país para abandoná-lo. Não, esse mundo não existe apenas na minha imaginação, é possível vivê-lo em cada apresentação do Sansakroma.
Numa mistura de literatura, teatro, artes plásticas, dança, música e histórias, o projeto idealizado por Julio e Débora D’Zambê, leva alegria e magia a todas as crianças, não importa a idade. O próprio nome justifica essa missão, pois Sansakroma, é também o nome da ave africana que, na época do Apharteid protegia e abençoava os filhos dos refugiados.
Julio e Débora são pesquisadores da Cultura Popular e há seis anos procuram despertar a necessidade de uma reflexão por um mundo mais justo, com igualdade de oportunidades e respeito à todas as diferenças A banda nasceu do coral Cantos da Paz, extinto grupo que congregava refugiados e solicitantes de refúgio de diversos países africanos no Sesc do Carmo.
Desde então, o casal D’Zambê e os cantores africanos se propõem a disseminar uma cultura de paz e deixar o mundo mais colorido. “Queremos pegar as cores do arco-íris e coloca-las no coração de cada criança”, diz Débora.

Oitenta minutos para sonhar

Para sonhar é preciso ultrapassar fronteiras, por isso figuras tão brasileiras como Maria Bonita e um nordestino contador de histórias dividem o palco com cantos africanos e um índio que toca seu chocalho para a cigana dançar.
O Sansakroma reúne elementos culturais do Brasil, África e Cuba em suas apresentações. Aproxima lugares tão distantes geograficamente, mas com povos, costumes e culturas tão similares.O show começa sob o som da flauta que, nos lábios de Débora, arranca lágrimas de alguns espectadores e nas crianças, o efeito é de completo transe.
Enquanto isso, nas histórias de Julio, as mais mágicas criaturas ganham vida. Um sapo meio bicho-grilo adora seu violão e encanta a todos com suas canções, um pequeno cigano enfeitiçado, se torna grande por causa do amor e Romeu e Julieta vivem para contar sua história.
As fronteiras se tornam insignificantes diante de tantas manifestações culturais reunidas num só lugar. Até parece, que todos nos transportamos ao imaginário das crianças, onde só precisamos de 80 minutos e muita imaginação para percorrer o mundo.

3 comentários:

Letycia Holanda disse...

Maravilhoso...sempre um bom texto com uma grande essencia de amor...

Anônimo disse...

adoramos demaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiisssssssssssssssssssss!
Julio e Débora D'Zambê

Anônimo disse...

Esta dupla vale a pena ver.
Muito bem escrito sobre eles
Parabêns!
Maria Soares:Professora