24 de julho de 2014

Avenida da solidão

Na avenida, apenas a cadeira de rodas. A dignidade está perdida em algum lugar, entre a bebida e a fome. O corpo mostrando um ser que já não existe, restam apenas as lembranças que marcaram corpo, mente e espírito. As palavras exprimem a vergonha por existir e a gratidão por duas palavras trocadas. Apenas a multidão que passa, existe, persiste e esquece. Apenas o andar apressado, a visão viciada e o coração fechado. Apenas os últimos detalhes das roupas, maquiagem e da completa pobreza de espírito. Apenas o falar mal e o vestir bem.

Nenhum comentário: