15 de julho de 2009

O que fazer com as cenas que não são feitas à imagem e semelhança de Deus? Como concertar as imperfeições que deixamos pelo caminho, reparar injustiças que um dia aceitamos e amar as diferenças que não compreendemos?
Concluo, que são essas inquietações que não me deixam parar. Um dia desses, uma cena fez com que emergisse de meus solitários pensamentos: Duas mãos, uma delicada e ao mesmo tempo decidida, que apertava uma outra, pequena e indefesa. A primeira era de uma mãe, que num simples gesto denunciava todo o seu amor, a segunda era do filho, que crescerá com a certeza desse sentimento.
Foi impossível conter a lágrima que escorria e trazia consigo um eterno acreditar no amor. Bastou um pequeno gesto para entender a grandiosidade que há dentro de cada pessoa, apenas observando encontrei respostas e mais um motivo para continuar. É esse amor, que deveria ser a peça fundamental para mover a engrenagem e é sentindo que se vive.
Vida á qual todos tem direito, não importa se desse, ou do outro lado do mundo. Quando compreendidas todas as diferenças são belas. A cor da pele, a crença num ser maior, os sonhos e costumes. Mas muitas vezes, não enxergamos a única semelhança, que nos conduz a condição de ser humano: o desejo de alcançar a felicidade.
Poetas, autores e compositores anunciam em suas belas inspirações, essa ânsia por algo muito maior, não há como negar somos feitos para amar. Então por que tanta resistência? Até quando a intolerância guiará nossos atos? Quando deixaremos de ouvir a voz do poder, para escutarmos o choro de milhares de mães, que perdem seus filhos?

2 comentários:

Unknown disse...

Que almas gritem para que transceda o desejo em nós o desejo de fazer algo pelo "outro"

Lindo!

João Luis Pinheiro - Jornalista, escritor e poeta disse...

Até quando? Enquanto houver pessoas como você, questionadoras e que tentam melhorar o universo a sua volta, ainda há esperança.
Beijos
João