19 de janeiro de 2008

Como me sinto pequena diante da vida, a vida que se apresenta de várias formas diante de mim. Essa vida que confude, que muitas vezes machuca, mas sem dúvida vale muito vale a pena.
Só não entendo porque tantas vezes e tantas pessoas, inclusive eu, fingem não sentir o que se passa ao redor. Não é possível que a sensibilidade tenha se tornado escassa. Me pergunto, se Deus nos concedeu tanta terra para plantar, tanta água e matéria-prima, porque tanta gente não tem o que comer? O que fizemos de errado?
O mais triste é que conheço a resposta.........................
Cada ser humano é único, mas muitas vezes fazemos disso um desculpa para vivermos apenas nossos problemas, apenas nossos pensamentos e angústias. Um dia desses percebi que, é no ônibus o melhor lugar para a reflexão. È exatamente nesse momento, quando o caos se instala do outro lado dos vidros e portas do coletivo que vemos cada um na sua forma mais verdadeira: o pensamento. Mesmo eu, quantas vezes não me perdi e tudo ao redor simplesmente não existia.
Mas ao retornar do mundo, muitas vezes lúdico, da minha mente voltam também as cenas que caracterizam a rotina de todo cidadão da metrópole. O olhar e futuro sem rumo e sem esperança de todos aqueles que estão à margem, não só da sociedade, pois acredito que esta exclui muitos outros, mas à margem da vida. Como compreender a miséria estampada no futuro? Como aceitar a vida como ela é? Me recuso a tudo isso, assumo o papel e com ele a responsabilidade de ser a "chata" da vez, não quero viver apenas a minha vida, como posso se existem tantas outras? Não tão belas, tão pouco glamurosas, mas nem por isso insignificantes e ainda ouso dizer, mais insignificante é essa vida que insistimos viver.

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