13 de janeiro de 2008

Mães

Há muita coisa que nunca entenderei, como a vida pode ser tão injusta e tão incerta. Um dia desses conversando com uma senhora doente, que perdeu a filha a poucos dias, percebi como as coisas nem sempre estão na ordem certa. Ela que dependia da filha para absolutamente tudo, ficou sozinha, a filha que morreu por insuficiência renal deixou um grande vazio que nunca será preenchido. Além da grande dor que uma mãe sente ao ver sua filha num caixão, também esse sentimento de revolta, de não conformismo acompanhará Dona Julinda pelo resto da vida.
Como assim enterrar um filho? Até onde sei isso é contra a lei da vida, na teoria os pais criam os filhos para o mundo enquanto assistem ao espetáculo de uma nova vida, uma nova família, um novo ser humano se formando. Mas como reagir quando esse processo é bruscamente interrompido pela morte? Acho que agora, começo a entender esse grande amor e essa preocupação incessante que acompanham todas as mães, nesse lindo e sofrido caminho que ela lapida para seus filhos.

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