5 de janeiro de 2008

Consciência

Queria poder escrever sobre as soluções para os problemas que a vida nos traz, pois todos sabemos que viver é correr sempre um risco novo. O que não sabemos, é o que encontraremos ao chegarmos ao fim de tudo isso? E quando será esse fim? Será que ele existe mesmo?
Entre passos e pensamentos, tento descobrir o que torna as pessoas mais ou menos felizes. Tento buscar no brilho do olhar de cada uma delas o segredo para a felicidade: em algumas descubro a amizade, em outras a solidariedade e a preocupação mas sempre o perco no amor. Sempre essa dor, sempre a falta do amor nos deixa tão vulneráveis, tão incompreensíveis, tão calados. Não importa o tipo de amor, pois este se apresenta em várias formas, porém todas são verdadeiras e necessárias. O amor do qual o menino sente falta, ao se encontrar sozinho no meio da noite, do amor que seria a cura para todas as enfermidades que o tempo pode causar, do amor que é capaz de trazer um novo sentido à humanidade.
È sempre no olhar, que descubro todos os sentimentos, através dele sinto a dor das outras pessoas, não com a mesma intensidade, não da mesma forma, mas carrego comigo a lágrima que não rolou, o grito que não ecoou, o coração que se partiu. Só não sei se do outro lado a dor se ameniza, não sei se fica mais fácil viver, pois para mim cada dia é mais difícil. Não falo de respirar, não falo das coisas ou pessoas que não tenho, falo da minha consciência e meu coração, eles que não me deixam em paz, fazem questão de me lembrar a todo o momento a situação deplorável para a qual a humanidade caminha, inclusive eu. Será que há cobrança maior, do que a sua própria consciência?

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